2 de dezembro de 2024

MEU PRIMEIRO RPG … O LENDÁRIO PHANTASY STAR!

APRESENTAÇÃO:

Phantasy Star é um jogo estilo RPG lançado em 1987 para o Master System,
tendo depois 3 sequências para Mega Drive e um remake para Playstation 2.
Na época Phantasy Star foi considerado um sucesso de vendas pela Sega.
No Brasil, o jogo chegou em 1991, no auge do Master System.

Caixa, manual e cartucho do jogo.

HISTÓRIA:

O jogo começa em uma cidade futurista situada em um sistema solar chamado Algol,
onde orbitam de três planetas:

Palma: o planeta verde, ponto inicial do jogo.

Motávia: o planeta amarelo, de clima desértico e capital do Governo de Algol.

Dezoris: o planeta branco, coberto de gelo e neve.

Algol é governado pelo Rei Lassic,
que depois se torna um ditador cruel após a conversão para uma nova religião.
Depois de uma série de mudanças políticas, surgiram várias rebeliões.
Quando Nero, o líder de uma rebelião é morto
por um grupo de soldados de Lassic e sua irmã Alis jura vingança.
Alis viaja pelos planetas em busca de aliados,
e testemunha muitas vítimas da opressão do tirano Lassic,
Então o objetivo Alis acaba se tornando menos sobre a vingança,
e mais sobre a libertação do povo de Algol.

Foi um dos pioneiro nos RPGS da época, em trazer uma protagonista feminina, sem apelação sensual.

PERSONAGENS PRINCIPAIS:

Alis: Irmã de Nero, que foi morto pelas tropas de Lassic.

Myau: Primeira companhia de Alis,
Myau pertence a uma raça inteligente com aspecto semelhante a um gato.

Odin: é o típico estereotipado homem “Tanque” do grupo.
Ele pode usar muitas armas que Alis não pode,
mas é incapaz de usar qualquer tipo de magia.

Noah: é o último personagem a entrar para o grupo.
Noah é um poderoso Mago e aprendiz do Mestre Tarzimal
e tem a habilidade de usar uma grande variedade de feitiços.

Essas casinhas eram fantáticas, dava vontade de entrar em todas e ver a conversa das pessoas.

GRÁFICOS E SONS:

Os labirintos são um show à parte…
mudando drasticamente a jogabilidade da visão superior 2D dos mapas e cidades,
para o falso 3D em primeira pessoa.
A ilusão conseguida nos labirintos é fantástica para um mero 8 bits.
Os labirintos são repletos de baús,armadilhas e monstros…
Os monstros são variados, criativos e bem desenhados.
Há vários tipos de cada monstro,
indicados por apenas alterações nas cores e local em que são encontrados.
Toda a influência de mitologias está retratada nos inimigos como:
dragões, grifos, medusa, vampiros, zumbis etc…
Os efeitos sonoros são excelentes e as músicas são muito marcantes.
Com seus grandiosos 4MB de memória,
Phantasy Star tira vantagem do chip de som FM do Master System oriental,
apreciável nos principais emuladores modernos.
infelizmente o Master System que veio para o ocidente
não contou com o chip de som FM,
perdemos a chance de nos acostumar com esse áudio fantástico.
Mas o som “normal” não faz feio e continua bonito.

Os labirintos são repletos de baús, armadilhas e monstros…

JOGABILIDADE:

O sistema em turnos é tradicional da velha guarda dos RPGs.
Decide-se a ação do grupo por rodada, entre ataques com armas, magias, conversa ou fuga.
Não vemos os heróis, só o rastro de suas espadas e magias.
Um problema é que não dá pra escolher qual inimigo atacar num bando.
decidimos as ações da rodada
e torcemos para os melhores ataques caírem sobre o monstro certo.
podemos evoluir os personagens subindo nível com XP obtidos em combate.
Em cada planeta encontram-se povos e monstros que aprofundam a história.
Você pode conversar com quase todos os civis, inclusive evitar alguns combates só no papo.
As informações estão dispersas,
e só falando com os NPCs você recebe pistas do que fazer a seguir.
Mas não tem mamata de fechar uma missão e já receber outra, tem que se virar sozinho.
Há espaço para saves na bateria interna do cartucho.

Phantasy Star tinha muitos inimigos, alguns apenas mudava a cor para destacar a mudança de força entre eles.

MÉRITOS:

Phantasy Star tem muitos méritos, como…

Entre os pioneiros ao colocar uma mulher como protagonista, sem apelação sensual.

Deu força ao Master System em plena dominação do Nintendinho.

Traduzido para o português pela tec toy, colocou muitos jogadores no caminho dos RPGs.

Entra em qualquer lista séria de maiores jogos de todos os tempos.

Abriu a franquia Phantasy Star, uma das mais lucrativas e famosas da Sega,
continuando ou ganhando ports em consoles da empresa mais tarde.

Traduzido para o português pela Tectoy, colocou muitos jogadores no caminho dos RPGs, inclusive eu fui um deles.

CONCLUSÃO:

Phantasy Star impressiona por ser bom em absolutamente todos os pontos:
os gráficos são ótimos, ricos em animações, inimigos que se movimentam,
Personagens carismáticos, história envolvente,
trilha sonora memorável mesmo se tratando de um videogame tão antigo.
além de ter um nível de dificuldade “na medida certa” para os padrões da época.
E para nós, brasileiros, tivemos uma versão adaptada para o português pela Tectoy.
Talvez para muitos o jogo sofra com o “peso da idade”,
pois faz mais de trinta anos do seu lançamento original.
No entanto, aqueles que amam um bom RPG japonês com batalhas em turno,
e gostam de um jogo envolvente e divertido,
além de querer conhecer um dos pioneiros do gênero, deveria experimentá-lo.
Phantasy Star é um clássico para Master System…
e uma lenda no mundo dos RPGS!

Propaganda na revista Supergame número 04 (Novembro de 1991)

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