13 de outubro de 2024

“O OASIS ERA NOSSO REFÚGIO DE FELICIDADE” – JOGADOR NÚMERO UM

FICHA TÉCNICA:

Titulo: Jogador Número 1
Título Original: Ready Player One
Autor: Ernest Cline
Gênero: Fantasia / Ficção Científica / Cultura Nerd
Editora: Leya
Publicação: Original 2011
Número de Páginas: 464 páginas

RESENHA (SEM SPOILERS):

No Ano de 2044 a terra está um verdadeiro caos.
A realidade vivida pela humanidade é desanimadora,
a grande maioria vive em situação de pobreza extrema.
A falta de recursos fez com que todos os espaços disponíveis
fossem utilizados como moradias improvisadas.
Como não há combustível disponível,
os trailers que pararam em alguns terrenos foram empilhados
e se transformaram em unidades habitacionais.
neste condomínio chamado de “pilhas” vive Wade Wattts,
que como toda a população mundial
foge da realidade se conectando ao Oasis,
um mundo virtual que permite a todos serem quem e o que quiserem,
um universo inspirado em jogos, filmes e demais elementos da cultura pop dos anos 80.
Além da possibilidade de fugir da dura realidade, este mundo tem mais um atrativo.
Seu criador, James Halliday
(o todo poderoso mago Anorak, como seu avatar é conhecido no Oasis),
escondeu em algum ponto deste mundo virtual um Easter egg
que dará àquele que o encontrar toda a sua fortuna.
São três chaves a serem encontradas sucessivamente,
solucionando pistas e vencendo desafios propostos pelo criador.
Neste cenário, Wade, conhecido como Parzival, Aech, Art3mis,
Daito e Shoto são alguns dos Milhões de Egg Hunters,
pessoas que estudam a vida de Halliday
na tentativa de desvendar o segredo que leva ao Easter egg.
Quando Parzival encontra a primeira chave, sua vida sofre uma reviravolta,
torna-se famoso, assina contratos de patrocínio e enche seu inventário de itens raros,
realizando as missões mais complexas do jogo.
Todo mundo acompanha seus passos, inclusive Nolan Sorrento, chefe da “Division Oology”
(a ciência da busca de Easter Egg de Halliday) na Innovative Online Industries (IOI),
empresa que quer a fortuna de Halliday e, acima de tudo, o controle do Oasis,
para poder cobrar dos usuários pelo uso do Oasis e encher de propagandas.
São milhares de usuários que tem como nome a sua matrícula da IOI,
que começão sempre com o número 6, todos tem a mesma aparência,
não sendo permitido fazer personalizações nos avatares.
Ao se recusar trabalhar para a IOI, Parzival se torna alvo das suas investidas,
e agora a sua vida no mundo real também corre perigo.
Existe um filme dirigido por Steven Spielberg,
mas até por questões de direitos autorais,
se manter fiel ao livro se tornou impraticável,
mas posso dizer que Spielberg trabalhou muito bem com o material que conseguiu.
Assim, nas linhas abaixo da figura vai haver uma área de spoilers do filme e do livro.

RESENHA (COM SPOILERS):

No filme existe uma biblioteca visual e uma curadoria para as memórias de Halliday,
onde Parzival consegue dicas preciosas para desvendar o paradeiro das chaves.
No livro, existe um e-book, o Almanaque de Anorak, acessado o impresso,
que tem todas as informações de todos os jogos, filmes e músicas que Halliday gostava.
É este manual que Wade e todos outros Egg Hunters utilizam.

A CHAVE DE COBRE:
no filme a primeira chave seria conseguida vencendo uma corrida,
que Wade consegue pilotando o DeLorean de “De volta para o futuro” (Wade já possuía o carro).
No livro a primeira chave, a chave de cobre,
está escondida em uma caverna no planeta escola onde ele estudava,
em um labirinto estilo Dungeons & Dragons,
onde no final o mago Acererak desafia o oponente para uma partida de Joust.
Diferente do filme, após obter a chave,
ela deve ser usada para abrir um portão, onde haverá um novo desafio,
para conseguir a pista da chave seguinte.
Este desafio consistia em primeiramente finalizar o jogo “Dungeons of Daggorath” do TRS-80,
que faria aparecer o portão onde seria inserida a chave de cobre.
Depois de entrar pelo portão, o jogador era levado a reencenar o filme “Jogos de Guerra”
no papel de David Lightman, o personagem de Matthew Broderick.

A CHAVE DE JADE:
No filme a chave de jade é obtida no cenário do filme “O Iluminado” onde,
para ganhar, o jogador deve dançar com os Zumbis no salão de bailes.
No Livro. Adicionalmente, Parzival ganha uma moeda de vida extra
através de uma aposta feita com o curador do Museu da memória de Halliday.
No livro, Parzival que era um guerreiro nível 10 (praticamente um novato)
teve tempo suficiente para subir ao nível 99,
firmou contratos de publicidade que lhe garantiram uma ótima renda,
teve a família assassinada pela IOI, aumentou o inventário com itens incríveis,
adquiriu um DeLorean (agora sim…),
construiu uma base, estreitou os laços de amizade participando de algumas missões
com os irmãos samurais Daito e Shoto,
uma delas conquistou a cápsula beta que poderia transformar qualquer um no Ultraman,
e que ele cedeu aos irmãos.
A vida extra foi ganha após fazer uma suada partida perfeita de Pac Man,
o que, convenhamos, teve mais mérito do que ganhar de “mão beijada” em uma aposta.
A segunda chave estava escondida em um mundo chamado Frobozz, com replicas do jogo Zork.
O portão era acessado invadindo o prédio da Tyrell do filme Blade Runner,
e após abrir o portão teria de jogar Black Tiger, mas como o personagem do jogo.
Após vencer recebia como prêmio um robô gigante, que poderia ser escolhido de uma lista.
Dos disponíveis, Parzival decidiu ficar com Leopardon, usado por Supaidaman.
Outros concorrentes já haviam escolhido outros robôs.
No final dos créditos, um ícone de um álbum de uma banda de rock deu a dica para a próxima chave.
Daito é assassinado pela IOI durante o desafio.

A CHAVE DE CRISTAL:
No filme a última chave estava no mundo Doom,
um mundo de batalha extremamente perigoso, um dos mais perigosos do Oasis.
A pista para a localização a chave de cristal estava em uma música da Banda Rush.
Assim como no filme, o portão estava no castelo de Anorak, onde a IOI ergueu um campo de força.
No filme Art3emis é presa na sede da IOI por dívidas, ela consegue fugir e desativar o campo de forças,
graças ao fato de Sorrento anotar a sua senha em um Sticker no seu equipamento.
No livro Parzival cria um plano mirabolante, hackeando os sistemas da IOI,
cria uma dívida em seu nome, o que faz com que seja preso.
Dentro dos sistemas da IOI usa uma série de senhas, compradas de um ex funcionário,
para acessar áreas secretas, liberar acessos, obter as gravações das atividades ilegais de Sorrento
e depois dar no pé, deixando programado uma ação suicida de um robô,
que desativaria o campo de força.
Ele e os outros integrantes do top 4 Art3emis, Shoto e Aech
são acolhidos por Ogden Morrow, sócio e melhor amigo de Halliday,
que cede um lugar para que consigam se conectar sem interferências.
Há uma batalha de robôs gigantes no final,
mas o Mechagodzilla de sorrento é derrotado pelo Parzival/Ultraman.
No Livro, o último portão deveria ser aberto por três pessoas ao mesmo tempo,
então Parzival, Art3mis e Aech abrem o portão.
Neste momento, sentindo a derrota iminente, a IOI aciona o cataclista
(bomba que destrói todos ao seu redor) e mais da metade da população do Oasis,
que estavam na região, morrem, exceto Parzival que possui uma vida extra na manga.
No filme o último desafio é somente uma partida de Adventure do Atari,
onde seria necessário, não ganhar, mas descobrir o primeiro Easter Egg criado na história dos games.
No livro, ao passar pelo portão de cristal, o jogador é obrigado a jogar uma partida de Tempest do Atari,
e superar a pontuação de Halliday.
O segundo desafio era reencenar o filme “Monty Python: em Busca do Cálice Sagrado”
no papel do rei Arthur, após concluído o filme,
foi necessário descobrir a senha de acesso de Halliday ao sistema e,
aí sim, jogar o Adventure focando em descobrir o Easter Egg, e não vencer o jogo.

Resenha escrita ao som de Queen – Spread your wings

SFC – Onde quase todo dia é Sexta-feira!