29 de abril de 2024

“O ADORMECIDO PRECISA ACORDAR” – DUNA

FICHA TÉCNICA:

Titulo: Duna
Título Original: Dune
Autor: Frank Herbert
Gênero: Ficção / Fantasia / Aventura / Ficção Científica
Editora: Aleph
Coleção/Arco: Duna
Publicação: Original 1965
Número de Páginas: 680 páginas

Detalhes sobre a obra:

Frank Herbert escreveu uma perfeita mistura de ficção,
política, tecnologia, filosofia, religião, ação e ecologia

O sucesso do primeiro livro levou a uma sequencia de mais 5 obras que são:
O Messias de Duna de 1969
Os Filhos de Duna de 1976
O Imperador-Deus de Duna de 1981
Os Hereges de Duna de 1984
As Herdeiras de Duna de 1985

Frank Herbert morreu em 1986, e seu filho Brian Herbert deu continuidade à saga,
segundo ele, por um desejo do pai, que o universo de Duna continuasse a sua expansão.
Até hoje nenhum dos livros do filho foi traduzido para a língua portuguesa.
Se você só se interessar pela história e não ser a sua intenção se aprofundar muito,
pode ficar nas trilogia principal, Duna , O Messias de Duna e Os Filhos de Duna.
Mas seguir adiante é uma boa opção.

RESENHA (SEM SPOILERS):

Um livro que como poucos consegue mesclar política, fome de poder,
religião e filosofia, tudo isso em um ambiente que lembra um sistema de feudos,
com grandes casas nobres e suas intrigas palacianas.

A trama acontece em um futuro distante, onde a terra, quando muito,
é uma lembrança distante e a humanidade se espalhou pelo universo.
Neste panorama temos o imperador, que é aquele que centraliza todo o poder,
as casas nobres que são a Casa Corrino, a Casa Atreides e a Casa Harkonnen,
a Guilda espacial que detinha um monopólio das viagens espaciais,

Intriga no espaço e no deserto:
Em um futuro muito distante, quando a humanidade já se espalhou pelas estrelas
e a Terra é apenas uma lembrança (as datas usadas falam do ano dez mil,
mas o livro não especifica se isso é depois de Cristo ou existe outro marco),
a sociedade é sustentada por quatro pilares: o imperador, as casas nobres,
a Guilda Espacial e as Bene Gesserit.
O imperador centraliza o poder, as casas nobres lutam entre si por destaque,
mas respeitando a autoridade do monarca, a Guilda Espacial
tem o monopólio da viagem espacial e do banco do império, e as Bene Gesserit
que são uma ordem feminina, que visa atingir um grande nível de poder
a fim de levar a humanidade a um estado de estabilidade.

Os Atreides são considerados uma casa justa e honrada,
enquanto os Harkonnen são considerados traiçoeiros.
Nesta trama, a casa Atreide recebe a administração do planeta Arrakis,
conhecido como Duna, por ser extremamente árido,
mas também é a única fonte da “especiaria”,
uma substância rara utilizada nas viagens espaciais, mas aparentemente este “presente”
está cheio de segundas intenções.
Neste panorama temos a história de Paul Artreide, herdeiro da casa Artreide
e portanto também é alvo da armadilha.
Paul também descobre que pode ser parte de uma lenda local,
onde ele seria um messias, um guia do povo.

Para quem se interessa por ficção científica de ótima qualidade,
recomendo fortemente esta obra e todas as outras que compõe o universo de Duna.
É muito bem trabalhada e tem tudo que é necessário em um livro deste gênero.

Resenha escrita ao som de Sting – Desert Rose

NOTAS E CURIOSIDADES:

Duna é considerado o livro de ficção científica mais vendido de todos os tempos.

Houve um filme em 1984, dirigido por David Lynch e contando com a presença de Patrick Stewart,
Max von Sydow, Sean Young, Brad Dourif, Sting e mais nomes de peso no elenco,
filme que foi criticado negativamente pelos fãs, pela crítica especializada e pelo próprio diretor.
Lynch produziu mais de quatro horas de filme, mas teve um absurdo corte de duas horas,
fora que o estúdio boicotou quase todas as idéias do diretor.
Para fazer o filme fazer um mínimo de sentido, o estúdio fez uns “PowerPoints”
e tacou a apresentação na cara do espectador.
Resultado: 10 Milhões de dólares de prejuízo nas bilheterias.

Em 2021 foi lançado um novo filme, este sim empolgou crítica e público, até pela sua fidelidade á obra.
Alguns críticos mimizentos e haters de plantão (afinal não pode criticar se não for negativamente)
reclamou que ” a fidelidade à obra deixou o filme lento, estragou, mimimimimimi….”.
Pelo que me parece o filme terá continuações, o que eu acho mais que justo,
pois não exige que o público fique muitas horas no cinema
e exime o diretor de correr com a história e cortar partes essenciais.

O Sci-Fi chanel produziu uma mini série com duração de 6 horas baseada no livro.
Há uma continuação desta série, Os filhos de Duna,
baseada nos livros “O Messias de Duna” e “Os Filhos de Duna.”

Também foram criados jogos baseados na Obra, e a primeira adaptação, Dune,
é considerada a mais imersiva, sendo seguida por Dune II,
um jogo de estratégia em tempo real e não é nada semelhante com o primeiro jogo.
Dune II teve um remake, Dune 2000, com atualizações tecnológicas.

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