3 de maio de 2024

“O CRIME MAIS BANAL É MUITAS VEZES O MAIS MISTERIOSO” – UM ESTUDO EM VERMELHO

FICHA TÉCNICA:

Titulo: Um estudo em vermelho
Título Original: A Study in Scarlet (Originalmente “Reminiscências do Dr. John H. Watson”)
Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Gênero: Mistério / Ficção / Suspense / Policial
Editora: Pé da Letra/Melhoramentos/Martin Claret/Principis/Pandorga/Scipione/Zahar/Lafonte…
Publicação: 1888 (Livro).
Foi publicado originalmente na revista Beeton’s Christmas Annual em Novembro de 1887
Número de Páginas: Cerca de 150 páginas, podendo passar de 200.
São diversas editoras, já que a obra já caiu em domínio público.
A variedade de páginas é em função do tamanho da letra, formato do livro, gravuras, etc.

RESENHA (SEM SPOILERS):

“O fio vermelho do assassinato corre através da meada incolor da vida,
e nosso dever é desemaranhá-lo, isolá-lo, e expor cada centímetro dele.”
Sherlock Holmes

Neste livro ocorre a primeira aparição do detetive mais famoso do mundo.
Com a saúde debilitada pela guerra e pelo clima,
o Doutor Watson acaba de voltar do Afeganistão e fixa residência em Londres, em um hotel.
Levando uma vida mais liberal, logo os seus recursos diminuem e,
para não ser obrigado a mudar para o interior, resolve mudar um pouco o estilo de vida.
Quando um amigo que ele acaba de reencontrar diz que um conhecido
precisa dividir o valor do aluguel de uma casa que atualmente não teria condições de arcar sozinho,
Watson se interessa e o amigo o leva até um indivíduo, Sherlock Holmes, que trabalha em um laboratório.
Juntos alugam o número 221B da Baker Street,
onde Watson descobre o quanto espantoso é o seu novo companheiro de quarto.
Capaz de deduzir fatos com precisão assombrosa, seu novo amigo Sherlock Holmes,
apesar de ser um tanto presunçoso, se mostra extremamente eficiente.
Em uma manhã, após Holmes dar uma ligeira idéia de como usar o poder de dedução,
recebe uma correspondência solicitando ajuda para desvendar um crime.
Uma pessoa encontrada morta em uma casa vazia.
O morto não tinha ferimentos, mas a casa tinha uma série de respingos de sangue.
A partir daí o livro mostra toda a genialidade do detetive e ele dá uma verdadeira aula de dedução,
quando demostra como conseguiu chegar à identidade do assassino.

O livro é basicamente dividido em 2 partes, na primeira há a apresentação de Watson e Holmes,
como se conheceram e a investigação, assim como o teatral desfecho do crime em questão.
Em seguida na segunda parte, uma viagem ao passado mostrando os fatos que levaram à tragédia,
e no final Holmes explica a Watson detalhadamente a sua linha de dedução,
como conseguiu resolver o crime e chegar ao assassino em três dias.

Resenha escrita ao som de Uns e outros – Dias Vermelhos

NOTAS E CURIOSIDADES:

Antes de ser publicada pela Beeton’s Christmas Annual
a história foi recusada por três editores.

O personagem Sherlock Holmes acabou se tornando mais conhecido e famoso
que o próprio autor e foi baseado no Dr. Joseph Bell,
professor de Medicina de Conan Doyle, na Universidade de Edimburgo.

O Doutor Bell tinha uma grande capacidade de dedução
em cima de observações que as pessoas deixavam passar.
Conan Doyle era uma espécie de assistente (Watson?) dele.

A famosa frase “elementar, meu caro Watson” nunca apareceu nos livros oficiais,
é creditada ao autor Pelham Wodehouse, mas a sua autoria é questionada,
pois já era usada em jornais bem antes da publicação do livro de Wodehouse.

O personagem entrou para o Guiness World Records
por ser o personagem mais adaptado para TV e Cinema.

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